terça-feira, 30 de novembro de 2010


As Pombas
Vai -se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais.. outra mais...
enfim dezenas
das pombas vão-se dos pombais,
Apenas Raia sanguínea e fresca a mafrugada.
E a tarde quando a rígida nortada.
Sopra , aos pombais, de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...
Também dos corações onde abotoam.
Os sonhos, um a um, celéres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem ... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais.